Dissertação desenvolvida no âmbito do mestrado em Design e Publicidade, apresentada ao IADE-UE, realizada sob orientação de Joana Lourenço Ramalho

Os últimos anos têm sido marcados por profundas mudanças
sociais, consequentes do avanço tecnológico. Observou-se o
surgimento de novas ferramentas tecnológicas e meios de
comunicação que afiguraram formas novas das pessoas se
comunicarem e se informarem - interações cada vez mais
rápidas, dinâmicas e constantes. Um ciclo caracterizado pelo
progresso da sociedade como um todo.
Com o advento da sociedade da informação e o acesso
alargado às tecnologias digitais, também as transformações
sociais e políticas fizeram parte deste progresso e
conquistaram novos palcos, dando origem a novas formas de
mobilização coletiva e ativismo, em que os equipamentos e
os media digitais assumem papel de relevo. Numa época em
que vinga a preocupação com os direitos humanos, a livre
circulação de informação associada à utilização dos media
digitais, possibilitou aos utilizadores o recurso a este meio
para o exercício da cidadania.
É neste âmbito que se desenvolve a presente dissertação ao
apresentar uma reflexão assente nas seguintes temáticas: os
media digitais, o ativismo nos media digitais e a influência
tida pelo design gráfico ativista na participação e adesão a
este tipo de conteúdos.
A interseção entre estes assuntos, permite cumprir o objetivo
de responder às seguintes questões: Podemos reconhecer os
media digitais como um lugar de oportunidade para a
transformação social? E que influência têm os elementos
estéticos, através do design gráfico ativista, como forma de
expressão política e contestatória, na adesão a esta
transformação? Terá o design gráfico ativista e a forma como
são apresentados os conteúdos influência na participação
política, nas referidas plataformas?