Catálogo bibliográfico
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E-resource | Biblioteca IADE-UE | RCAAP | Available | IAE131 |
Dissertação desenvolvida no âmbito do mestrado em Design e Cultura Visual, apresentado ao IADE-UE, realizado sob orientação de Maria Emília Capucho Duarte
O desenvolvimento e a inovação tecnológica ainda não permitem que a prestação de cuidados de saúde, como por exemplo tratamentos médicos ou medicamentosos, previnam totalmente a existência de efeitos indesejados para a saúde. Destaca-se nesse contexto a utilização de antibióticos e as atuais resistências aos antimicrobianos. Embora existam esforços de comunicação em saúde para o público, no sentido de melhorar a utilização dos antibióticos e garantir a saúde pública, tal continua a ser um problema na sociedade.
A ausência de orientações para o design de campanhas na área da saúde através de comunicação assente na cultura visual, orientadas para a melhoria da literacia e as consequentes alterações dos comportamentos da população, orientou o presente estudo. O caso de estudo fundamentou-se na análise da última campanha lançada em Portugal pela Direção-Geral da Saúde sobre a resistência aos antibióticos, partindo de uma infografia da campanha.
O presente estudo, que decorreu entre maio e outubro de 2019, é de natureza exploratória e adotou uma abordagem de design thinking e User Centered Design (UCD). O seu delineamento metodológico integrou a triangulação de instrumentos, designadamente um questionário a uma amostra casual de utilizadores de redes sociais online e entrevistas por questionário a dois grupos de peritos, em design e em saúde. Aplicaram-se heurísticas de usabilidade e de interfaces gráficas, de normas de cor, de compreensão da mensagem baseadas na comunicação visual e na hierarquia de informação.
Quanto aos resultados dos questionários, o público afirma compreender bem o póster e a sua mensagem, contudo, nas entrevistas destacam-se respostas unânimes dos especialistas em saúde sobre a dificuldade de compreensão da mensagem da campanha pelo público com reduzida literacia em saúde. De igual forma, os especialistas em design salientaram que a hierarquia visual e o formato da campanha deveriam ser melhorados, para atingir os objetivos esperados, o que demonstra discórdia entre a opinião dos utilizadores e a opinião dos especialistas.
Assim, a recente campanha da Direção-Geral da Saúde sobre utilização de antibióticos, representada no presente estudo por uma das suas infografias em póster, tem, na perspetiva dos respondentes ao questionário uma mensagem percetível, compreensível e adequada. No entanto, para os especialistas essa perceção, compreensão e adequação são insuficientes e não produzem as alterações nas atitudes e comportamentos dos destinatários, de forma a garantir o sucesso da campanha e o avanço necessário para a utilização segura de antibióticos por parte dos cidadãos. Como recomendação principal sugere-se a aplicação de uma metodologia de design thinking para o desenvolvimento de novas campanhas
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